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terça-feira, 1 de maio de 2012

LIVRO VIRTUAL: Primeiro Capítulo # Jamais volte pelo outro caminho

                  Contado por: Stella Flipper #
   Slarks. Cidade de clima desértico. Sol e calor intenso durante toda a manhã. Frio gélido durante a noite.
   Boa, realmente uma ótima cidade. Não havia praias, mais havia um belo bosque por onde sempre caminhava nos domingos de manhã. Mas tinha que ter sempre cuidado. A trilha era muito maltratada e sempre haviam galhos atrapalhando a passagem. Principalmente de bicicleta.
   Por de trás do bosque, se ultrapassasse a trilha, chegaria a uma floresta perigosa onde haviam animais anti-sociais, se eu puder dizer assim.
   Tinha o centro comercial, que era o mais movimentado de toda Slarks. Realmente adorava passear no shopping de lá. Era tão grande e diversificado. Haviam várias lojas de repletos estilos e preços.
   Mas onde mais amava estar era balançando no balanço enferrujado do parquinho inabitado.
   Nenhuma mãe se atrevia a deixar seu filho brincar lá. Por ser tão velho, até minha mãe já brincara.
   E era exatamente isso que eu amava lá. A doçura da juventude de minha mãe. As trapalhadas que ela já aprontou com seus amigos...
                           ###
   Domingo, 12 de março de 2010.
   É, hoje era domingo. Peguei minha bicicleta azul bebê na garagem não usada. Tanta tralha que fiquei quase uma hora para tirá-la de lá.
   Meu pai não tinha carro, pegava carona com o vizinho. Então a garagem era um entulho de lixo. Tinha bastante coisas antigas, como, roupas e trecos meus de quando era bebê. Minha mãe tinha pena de jogá-las fora.
   Saí sem tomar café porque compraria um suco qualquer no caminho quando passasse por uma barraca com duas ou três crianças querendo vender por uns cinquenta centavos um copo de mais ou menos 200 ml.
   Passei por três barracas de limonada, mais semana passada já tomara este, então segui até encontrar uma vendendo suco de manga. Esse servia.
   Pedi a garotinha de jardineira com blusa de mangas bufantes vermelha e bolinhas brancas somente mostrando a moeda. Ela a pegou, e pediu pra amiga preparar o suco.
   A outra menininha deu-me um copo bem cheio, e lá segui eu em cima de minha bicicleta em direção ao bosque.
   Domingo. Dia de reunião familiar. Num cenário sombreado, abaixo das árvores, as cestas de piquenique e as crianças animadas era comum. Passava por elas dizendo "oi" aos conhecidos e passando indiferente aos estranhos.
   Segui pela trilha de sempre. Os galhos que espetavam-me durante o caminho cortava com minha tesoura de carpinteiragem. Minha tesoura não, do papai.
   Enfim, continuei o caminho até encontrar-me numa bifurcação. Nunca vira aquele caminho antes. Era íngreme para um lado, e realmente extremamente aberto para o outro.
   Era estranho, sempre seguia o mesmo caminho e nunca havia encontrado-me numa bifurcação antes.
   E agora? Estava perdida? Como voltaria?
   Pensei rápido e resolvi ir pelo caminho da direita. O mais largo e com menos galhos.
   O íngreme parecia feito a pouco tempo, e eu sabia que a trilha já tinha mais de trinta anos.
   Seria aquela uma escolha certa?
   Ou estaria completamente errada?
                     # CONTINUA EM BREVE

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