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sexta-feira, 4 de maio de 2012

LIVRO VIRTUAL: Terceiro Capítulo # Presa em uma floresta perigosa

              Contado por: Stella Flipper #
    Domingo, 12 de março de 2010.
   Acabara a trilha, não achava mais nenhum caminho marcado. Mas isso já fazia muito tempo para poder voltar atrás. Tentei encontrá-lo de volta, mas agora esse era o menor dos problemas... Minha bicicleta ficou com o pneu furado após passar por um galho espetarrado. Se voltasse, teria que ser andando. Um medo enorme tomou conta de meu corpo. Ele fluía como um pavor imenso corresse por minhas veias. Como voltaria para casa agora? Estaria perdida?
   Segui a procura de comida. Só tomara aquele como pequeno de suco de manga, precisava de sustância. Encontrei uma goiabeira no meio da floresta. Perfeito. Peguei umas sete ou oito goiabas e procurei algum lago ou lagoa_ até mesmo um riacho ou um rio_ onde passasse água corrente para lavar as goiabas. Tive sorte de estarem maduras. Mas azar de estarem enfestadas de larvas. As larguei no meio do caminho a procura de um rio.
   Parei para descansar. Olhei para meu celular. Sem sinal. A bateria ainda tinha que estar acabando. Assim, se eu encontrasse um local alto onde teria uma mínima possibilidade de ter sinal, acabaria não dando tempo de ligar.
   Acolhi-me debaixo de uma árvore. Parecia uma mangueira, mas não estava na época, então não corria risco de levar uma manga na cabeça.
   Comecei a relembrar que estava sozinha, no meio da floresta e com um celular que não servia para nada.
   Estava perdida. Totalmente, completamente, ligeiramente, incessantemente perdida.
   Como conseguiria sair dali? Meus pais já devem estar preocupados... Será que eles colocariam alguns policiais a minha procura?
   Não importava. Até que estava tranquila. O sol não estava forte e nem quente de mais. Minhas pernas pegavam alguns raios que não eram o bastante para aquecê-las até incomodar-me.
   Fiquei lá por uma ou duas horas. Até chegar umas três da tarde. Levantei-me ressecada. Precisava de água. Mas não bastava qualquer água. Tinha que ser potável.
   Fiquei de pé e sai lentamente a procura de água. Cheguei a delirar. Vi uma ou duas vezes uma poça com água. Quase lambi terra pensando ter mesmo uma poça. O bom é que deti a mim mesma.
   Acordei de um pesadelo que seria desmaiar no meio daquela floresta. Na verdade, eu desmaiara, mas acordei. E quando percebi, já eram umas seis horas da noite. E a água cada vez parecia mais longe de mim, naquela floresta perigosa e gigantesca.
                # CONTINUA EM BREVE

Quando o desespero se aproxima

_ Ruth Maria Gonzales._ Diz Julio._ Nome pequenino para uma dama de tanto porte, não?
   Ruth vira a cara.
_ Não é culpa minha ter uma família desorganizada..._ Lamenta ela com os braços cruzados.
_ Não é mesmo culpa sua ter uma mãe vadia.
   Ruth se revolta e tenta enforcar Julio com as mãos bem apertadas ao seu pescoço.
_ Para, Ruth!_ Chega Alejandro por de trás de Ruth e tenta lentamente remover suas mãos com unhas vermelhas do pescoço flácido de Julio.
_ Vocês não me entendem..._ Lamenta Ruth caindo no peitoril de Alejandro.
   Começa a trovejar lá fora ligeiramente igual a quando Ruth começa a chorar.
_ Ruth, queridinha..._ Ri alto, Julio.
   Alejandro coloca o dedo indicador em frente a boca e sibila um "shh".
_ Ele não me entende, Alejandro..._ Completa Ruth, tentando pegar por entre os braços de Alejandro que a envolviam, um braço de Julio.
   O tempo lá fora piorava a cada segundo em que Julio incomodava mais Ruth.
_ Julio, estou falando sério._ Sussurra para Julio, Alejandro._ Não mecha mais com ela.
   Ruth fecha os olhos e cai em sono profundo. Alejandro a pega no colo e leva até o segundo andar da casa daqueles irmãos.
_ Qual o seu interesse com essa menininha?_ Pergunta a Alejandro, Julio.
_ Nada de mais, só sei que ela tem algo de especial.
_ Como você pode ver algo de especial em uma prostituta?
_ Você não pode dá-la um futuro se ela...
_ Ainda nem terminou o colegial._ Completa Julio.
_ Não, Julio._ Diz Alejandro enquanto posiciona Ruth, ainda sonolenta em sua cama.
_ Então é o quê? Hein? Ela sempre vem aqui depois da escola..._ Retruca Julio.
_ Ela gosta de mim, só isso. Não é defeito se apaixonar.
_ Tá, né, se você pensa assim..._ Diz Julio enquanto vira as costas para o irmão mais velho e se retira do quarto.
   Alejandro sentou ao lado de Ruth na cama e começou a encaracolar suas "maria chiquinhas" altas.
   Ele percebera que ela estava acordando. Quando viu seus olhos com lágrimas de sangue, afastou-se rapidamente.
_ Não afaste-se, Alejandro._ Diz com voz fraca, Ruth._ A ti, nenhum mal farei.
_ Nem a meu irmão._ Completa rapidamente, Alejandro.
_ Irá contrariar-me?_ Pergunta ferozmente Ruth enquanto se levantava da cama.
   Alejandro continuava agarrado a estante de livros atrás dele.
_ Ruth..._ Sibila com medo, Alejandro.
   Ela vira a cabeça para a esquerda, como um zumbi. Alejandro arranca um livro da estante e o lança em direção a Ruth, que permanecia intacta até de repente ir em direção a Alejandro em forma de ataque. Alejandro se esquia para a direita e foge do quarto aos prantos.
_ Julio! Julio!_ Grita em direção ao quarto de Julio, Alejandro.
   Alejandro dobra a esquerda e empurra a porta do quarto de Julio.
_ Julio..._ Pausa para respirar._ Acorde, tem algo de errado com Ruth. Precisamos fugir.
   Julio retira correndo a colcha que o cobria e põe seus pés em seu chinelo.
   De repente quando Alejandro olha para a porta, Ruth estava ali. Com os olhos sangrando incessantemente enquanto ia em direção dos dois.
_ Meu sangue..._ Sibila Ruth._ Preciso de sangue, estou perdendo sangue.
_ Ruth... Eu não sei o que está havendo com você._ Diz Alejandro enquanto protege Julio atrás dele.
_ Só acontece quando alguém contraria-me. Não vou machucá-lo, Alejandro, só vou acabar com Julio._ Apavoriza os dois irmãos, Ruth.
_ Eu não deixarei você pegar o Julio!_ Alejandro grita irritado.
   Ruth ataca Julio sem Alejandro perceber e quando ele olha, Julio já está caído morto no chão.
_ Por quê?_ Cai no chão ao lado do irmão, Alejandro._ Eu te ajudei, eu te dei muita coisa para isso!
_ Ele merecia._ Diz Ruth repleta de sangue da cabeça aos pés.
_ Eu sei que ele te irritava, mas ele não fazia por mal..._ Quando Alejandro completa a frase, Ruth, mais forte do que nunca, pega Alejandro pelo colo e foge pela janela.
   NUNCA MAIS VIRAM ALEJANDRO. JULIO FOI ENCONTRADO MORTO E AS ANÁLISES DE CORPO DELITO NÃO DERAM NENHUMA CAUSA COMUM DE MORTE.