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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quando o desespero se aproxima

_ Ruth Maria Gonzales._ Diz Julio._ Nome pequenino para uma dama de tanto porte, não?
   Ruth vira a cara.
_ Não é culpa minha ter uma família desorganizada..._ Lamenta ela com os braços cruzados.
_ Não é mesmo culpa sua ter uma mãe vadia.
   Ruth se revolta e tenta enforcar Julio com as mãos bem apertadas ao seu pescoço.
_ Para, Ruth!_ Chega Alejandro por de trás de Ruth e tenta lentamente remover suas mãos com unhas vermelhas do pescoço flácido de Julio.
_ Vocês não me entendem..._ Lamenta Ruth caindo no peitoril de Alejandro.
   Começa a trovejar lá fora ligeiramente igual a quando Ruth começa a chorar.
_ Ruth, queridinha..._ Ri alto, Julio.
   Alejandro coloca o dedo indicador em frente a boca e sibila um "shh".
_ Ele não me entende, Alejandro..._ Completa Ruth, tentando pegar por entre os braços de Alejandro que a envolviam, um braço de Julio.
   O tempo lá fora piorava a cada segundo em que Julio incomodava mais Ruth.
_ Julio, estou falando sério._ Sussurra para Julio, Alejandro._ Não mecha mais com ela.
   Ruth fecha os olhos e cai em sono profundo. Alejandro a pega no colo e leva até o segundo andar da casa daqueles irmãos.
_ Qual o seu interesse com essa menininha?_ Pergunta a Alejandro, Julio.
_ Nada de mais, só sei que ela tem algo de especial.
_ Como você pode ver algo de especial em uma prostituta?
_ Você não pode dá-la um futuro se ela...
_ Ainda nem terminou o colegial._ Completa Julio.
_ Não, Julio._ Diz Alejandro enquanto posiciona Ruth, ainda sonolenta em sua cama.
_ Então é o quê? Hein? Ela sempre vem aqui depois da escola..._ Retruca Julio.
_ Ela gosta de mim, só isso. Não é defeito se apaixonar.
_ Tá, né, se você pensa assim..._ Diz Julio enquanto vira as costas para o irmão mais velho e se retira do quarto.
   Alejandro sentou ao lado de Ruth na cama e começou a encaracolar suas "maria chiquinhas" altas.
   Ele percebera que ela estava acordando. Quando viu seus olhos com lágrimas de sangue, afastou-se rapidamente.
_ Não afaste-se, Alejandro._ Diz com voz fraca, Ruth._ A ti, nenhum mal farei.
_ Nem a meu irmão._ Completa rapidamente, Alejandro.
_ Irá contrariar-me?_ Pergunta ferozmente Ruth enquanto se levantava da cama.
   Alejandro continuava agarrado a estante de livros atrás dele.
_ Ruth..._ Sibila com medo, Alejandro.
   Ela vira a cabeça para a esquerda, como um zumbi. Alejandro arranca um livro da estante e o lança em direção a Ruth, que permanecia intacta até de repente ir em direção a Alejandro em forma de ataque. Alejandro se esquia para a direita e foge do quarto aos prantos.
_ Julio! Julio!_ Grita em direção ao quarto de Julio, Alejandro.
   Alejandro dobra a esquerda e empurra a porta do quarto de Julio.
_ Julio..._ Pausa para respirar._ Acorde, tem algo de errado com Ruth. Precisamos fugir.
   Julio retira correndo a colcha que o cobria e põe seus pés em seu chinelo.
   De repente quando Alejandro olha para a porta, Ruth estava ali. Com os olhos sangrando incessantemente enquanto ia em direção dos dois.
_ Meu sangue..._ Sibila Ruth._ Preciso de sangue, estou perdendo sangue.
_ Ruth... Eu não sei o que está havendo com você._ Diz Alejandro enquanto protege Julio atrás dele.
_ Só acontece quando alguém contraria-me. Não vou machucá-lo, Alejandro, só vou acabar com Julio._ Apavoriza os dois irmãos, Ruth.
_ Eu não deixarei você pegar o Julio!_ Alejandro grita irritado.
   Ruth ataca Julio sem Alejandro perceber e quando ele olha, Julio já está caído morto no chão.
_ Por quê?_ Cai no chão ao lado do irmão, Alejandro._ Eu te ajudei, eu te dei muita coisa para isso!
_ Ele merecia._ Diz Ruth repleta de sangue da cabeça aos pés.
_ Eu sei que ele te irritava, mas ele não fazia por mal..._ Quando Alejandro completa a frase, Ruth, mais forte do que nunca, pega Alejandro pelo colo e foge pela janela.
   NUNCA MAIS VIRAM ALEJANDRO. JULIO FOI ENCONTRADO MORTO E AS ANÁLISES DE CORPO DELITO NÃO DERAM NENHUMA CAUSA COMUM DE MORTE.


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