Translate

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O que me remete você...

   Sentada na gangorra do parque vazio nessa quinta-feira de outono. As folhas amareladas e avermelhadas caindo das árvores secas... Nenhuma criança para brincar comigo. Somente o vazio do eco de minha voz soando pelo gramado cortado.
   Cantando aquela música enquanto só com a força das minhas pernas levantava-me e descia-me naquela gangorra enferrujada.
   Minha gorra rosa da bola vermelha remetia-me uma coisa que você sempre dizia-me.
_ Olha essas bochechas...
   Sempre, sempre dizia-me quando saíamos no inverno forte e meu rosto congelava deixando minhas bochechas rosadas.
   Bolas vermelhas.
   Seu riso brando quando subia minhas mãos correndo até meu rosto para aquecê-lo. Minhas luvas envoltas em meu rosto branquinho, enquanto você simplesmente não parava de gargalhar por causa da minha vergonha de estar rosada. Sua gargalhada contagiante e aumentativa.
   Parada franzi o cenho quando percebi um papel voando em minha direção.
   Peguei-o sem levantar da gangorra.
   Quando abri percebi ser sua letra. Simplesmente do nada estava voando uma folha que lhe pertencia. E já fazia tanto tempo que não o via. Tanto tempo que você havia se mudado daquela cidade escura e vazia... Tanto tempo em que vagava sozinha...
   Comecei a ler. Sua letra embaralhada como quando você não estava com vontade de copiar um exercício de matemática.
   Estava molhada com formas de gotas, redondas. De pouco tempo atrás. Alguém havia chorado nela.
   Levantei minha cabeça imediatamente quando percebi as lágrimas na folha e procurei em volta de mim para ver se havia alguém.
   Ninguém.
   Olhei novamente na folha e voltei a lê-la.
   "Aquele beijo deve ter significado algo para você. Tem que ter significado!!"
   Não sabia se aquela folha era pra ser entregue a mim mesma... Nunca havíamos nos beijado antes.
   Será que era dele mesmo? Deveria estar confundindo as coisas. Tyler tinha partido a muito tempo e não deveria ter voltado de repente assim...
   Continuei lendo apreensiva.
   Minhas mãos agarravam a folha e percebi que minhas lágrimas caíram certamente onde as outras estavam.
   Percebi que aquela não era sua letra, era minha letra.
   E que naquele momento eu estava escrevendo aquele texto, tentando remeter você a meus pensamentos.
   Tentando tê-lo aqui comigo novamente. Tentando alcançá-lo no fundo de minha alma.
                             CONTINUA EM BREVE

Assim a semelhança vira aparência

   Suas mãos levemente tocavam aquele instrumento. O observava tranquilamente. O vento gélido que vinha da janela fazia a luz das velas tremularem. Mas nada o faria parar de tocar.
   Dava para ver e sentir a sua ligação intensa com a música. Sua cabeça acompanhava em relance lançando-se de um lado para o outro.
   Sibilava algo que não entendia.
   Levantei e pus-me a fechar a janela entreaberta. Morcegos invadiram o quarto e meu suéter voou junto com eles. De repente na direção para onde foram os morcegos surge uma nuvem de fumaça imensa.
   A conexão de Alexander com o piano era tão intensa que ele nem percebeu o tumulto no quarto.
   No instante em que a fumaça apavorou-me transformando-se em uma figura humana. Tentei acordar Alexander.
_ Alexander! Acorde! Alexander! Por favor!_ O sacudi pelos ombros, mas a sombra negra humana puxou-me em direção aos morcegos.
   Quando a assombração levou-me pelos ombros até os morcegos, todos se uniram e seguravam um espelho gigante.
   De repente neste aparece uma imagem de Alexander preso em correntes e se contorcendo tentando sair. Viro-me para checar se ele continuava ali. Mas nada havia sentado naquela cadeira em frente ao piano.
_ O que você fez com Alexander?_ Pergunto a sombra enquanto tentava conter minha agonia insana.
_ Já faz tanto tempo que eu nem lembro..._ Sua voz parecia conhecida. Mas de onde?
_ Pare de torturá-lo._ Disse a figura humana enquanto o via ser chicoteado.
_ Seu amigo não tem volta.
   Lembrei! Ele tinha a voz muito parecida a do padrasto de Alexander. Mas seu rosto estava tapado pelo capuz de sua capa negra.
_ Nããããããooooooooo!_ Implorei.
_ Não quer saber por quê?
   Naquele momento queria voltar no tempo. E não tentar fechar a janela. Será que nada aconteceria? Será que não haveria uma invasão de morcegos?
_ Bom... Seu amiguinho é um anjo, pensei que soubesse, vocês são tão amigos...
   Naquele momento perdi minha confiança em Alexander. Nunca havia me contado essa parte importante de sua vida. Agora não teria volta. Mas precisava salvá-lo, mesmo sabendo que escondeu algo de mim.
                  CONTINUA EM BREVE

LIVRO VIRTUAL: Papo aberto sobre

   Resolvi esclarecer vocês sobre como será esse livro.
   Como eu sou meio confusa, (só MEIO confusa, ok?) nunca tenho muito tempo pra nada. Então demorará um pouco para cada postagem do livro.
   Outra coisa por eu ser confusa. Eu sempre penso em várias histórias ao mesmo tempo, então, terá várias postagens entre as postagens do livro.
   Mas eu deixarei bem claro que aquela postagem seja sobre o livro.
   E você ai que está curioso sobre o livro... Você já pode ver algumas partes sobre ele como as postagens: Um encontro de olhares e a continuação, No momento mais difícil, só resta a solidariedade.
   Obrigada pela compreensão e eu adorarei responder perguntas sobre o livro, é só perguntar pelos comentários.
   Beijos da Liv
rsrs, *3*

LIVRO VIRTUAL: Veja-me como vejo você #1

                     Teaser #1 


   Stella rezava para um dia sair daquela floresta. Mas tudo mudou após encontrar-se com Phillip...